O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), montou um grupo com assessores de comunicação de deputados da bancada da legenda para tentar coordenar ações de respostas nas redes sociais.
As primeiras movimentações ocorreram no domingo (6), em razão da manifestação a favor do projeto da anistia, promovida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A orientação foi para que os petistas atuassem com a bandeira do “sem anistia”.
“Vamos começar o nosso trabalho no domingo para ter uma linha sobre a manifestação dos bolsonaristas”, disse Lindbergh em uma das mensagens ao grupo “Pauta do Dia/PT na Câmara”, as quais a CNN teve acesso.
Entre os pedidos, o líder do PT solicitou para que todos ficassem “ligados” para as orientações no domingo e reforçou a necessidade de explorar pontos específicos nas publicações.
De acordo com assessores que integram o grupo, bolsonaristas estariam comemorando o tarifaço imposto pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil — ponto que, segundo eles, deveria ser explorado pelos integrantes do PT nas redes.
Outro destaque entre as sugestões foi a pesquisa Quaest, divulgada no domingo (6), que mostrou que 56% da população é contra a anistia a quem participou dos atos de 8 de janeiro. A avaliação era de que o levantamento reforça o discurso petista.
Segundo aliados, o grupo é uma tentativa de Lindbergh de direcionar ações aos bolsonaristas no espaço digital de forma mais “agressiva”. A postura é contrária do líder durante 2024, Odair Cunha (PT-MG), considerado um perfil mais discreto nas redes.
