O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (7), esperar que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), vote para inocentar cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, que ficou conhecida por escrever a frase “perdeu, mané” na estátua que fica na frente da Corte durante os atos de 8 de janeiro.
Em março, o magistrado pediu vista — mais tempo de análise — no julgamento sobre a condenação de Débora.
“Estive com a missionária mãe da Débora. Ela continua chorando quando fala na filha. Tem a preocupação de quando acabar o pedido de vista do ministro Fux. Ele vai ter que proferir o voto dele. Se vai condenado ou não, não sabemos. Nós sabemos que dos onze, dois têm divergido”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Revista Oeste.
“O Kássio [Nunes Marques] e o André [Mendonça] têm votado pela inocência, espero que o Fux também vote pela inocência, e nós comecemos, dentro do Supremo Tribunal Federal, tirar um pouco a emoção de lado e decidirmos com razão o futuro dessas pessoas”, acrescentou.
Em 21 de março, Moraes votou para condená-la a 14 anos de prisão e ao pagamento de multa no valor aproximado de R$ 50 mil, além de uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos (em conjunto com os demais condenados pelo caso). Ele foi acompanhado por Dino.
O caso ganhou repercussão nesta semana após críticas da oposição a uma pena que consideram “exagerada”.
No final do mês, contudo, o ministro optou por seguir a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que Débora cumprisse prisão domiciliar.
Ainda não há data para o julgamento ser retomado. Quando isso ocorrer, porém, além de Fux, faltarão os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
Como apurou a CNN, o caso deve voltar a julgamento pela Corte ainda em abril. Fux não pretende usar o prazo máximo de 90 dias para pedidos de vista.
